quinta-feira, 30 de setembro de 2010

“O escafandro e a borboleta” e LIONS...

CL Ricardo Komatsu

Um "Farol da Esperança" brilhava também em Berck-sur-Mer para Jean-Dominique Bauby...Os faróis podem se multiplicar e iluminar um maior número de localidades.
O que pode sentir uma pessoa completamen-te paralisada? Exceto pela possibilidade de piscar e mover o seu olho esquerdo, Jean-Dominique Bauby despertou de um co-ma ,após um acidente vascular encefálico, no Hospital de Berck-sur-Mer com o corpo com-pletamente paralisado. Mas plenamente consciente de seu estado e da rara sindrome do enclausuramento, locked-in syndrome (L.I.S.) que subitamente o acometera.
Jean-Do, como era conhecido pelos amigos, era editor da revista francesa Elle, quando num passeio de carro com seu filho sofreu um derrame que transformou sua vida aprisionando-o em si mesmo, situação que ele comparou a um escafandro.
E o que restava a Jean-Do senão resignar-se à sua situação de uma edição renovada do personagem Noirtier de Villefort de “O Conde de Montecristo”? A diferença era de que para Jean-Do a história da sindrome do enclau-suramento ocorrera na vida real: não era uma obra de ficção. Com um alfabeto organizado por sua fonoau-dióloga e um código: uma piscadela para “sim” e duas piscadelas para “não”, Jean-Do escreveu “O escafandro e a borboleta”.
Memória e imaginação fizeram mover mon-tanhas e transformaram piscares do olho esquerdo de Jean-Do numa obra que nos sensibiliza a nos movermos e fazermos assim mover o mundo: saindo do escafandro!
Estariam muitos Lions Clubes e Distritos enclausurados?

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